Essas novas condições, comunicadas na noite de sexta-feira (19) aos jornalistas afetados, representam um novo passo na luta travada por Donald Trump e sua administração contra a imprensa tradicional, a quem acusa de ser-lhe desfavorável.
A informação do Departamento de Defesa "deve ser aprovada para divulgação pública por um funcionário autorizado, antes de sua publicação, mesmo que não seja estabelecido", estabelece o novo documento.
Isso inclui informações coletadas por jornalistas por meio de fontes internas anônimas, fora dos canais oficiais de comunicação.
O descumprimento dessa norma é explicado explicitamente como justificativa para retirar uma credencial.
“Se as notícias sobre nossas forças armadas devem ser aprovadas primeiro pelo governo, o público já não recebe informação independente”, declarou o presidente do Clube Nacional de Imprensa de Washington, Mike Balsamo.
"Só recebe o que os funcionários querem que vejam. Isso deveria alarmar todos os americanos", acrescentou o chefe dessa associação de jornalistas, antes de instar o Pentágono a revogar esse requisito.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, defendeu na sexta-feira a disposição desse novo formulário de credenciamento.
"A imprensa já não pode circular pelos corredores de uma instalação segura. Use sua credencial e cumpra as normas, ou vá para casa", escreveu no X.
Trump, depois de processar o Wall Street Journal e o New York Times e se regozijar com a suspensão do programa do comediante Jimmy Kimmel de sua emissora por seus comentários políticos, qualificou na sexta-feira como “ilegal” a cobertura midiática que ocorreu negativa sobre ele.