A operação da Polícia Federal que revelou um plano golpista no qual militares tramavam os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, repercutiu na imprensa internacional.
"Lula foi alvo de conspiração de assassinato, diz polícia brasileira", publicou o jornal americano The New York Times. Ao veículo, o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que o seu cliente “nunca concordou ou participou de nenhum tipo de plano desta natureza”.
O The New York Times destaca ainda que, segundo a PF, os presos na operação tinha "'alto nível de conhecimento técnico militar' para organizar um complô".
Já para o britânico The Guardian "as últimas revelações representam as mais graves que surgiram até agora durante a investigação das tentativas de golpe orquestradas por apoiadores de Bolsonaro após os resultados das eleições de 2022". O jornal destacou também que os conspiradores consideraram usar veneno para matar os alvos.
A BBC foi outro veículo do Reino Unido que publicou uma reportagem sobre a operação da PF. "Brasil prende soldados por 'conspiração para matar' o presidente Lula em 2022", diz o título da matéria. A emissora britânica destaca que, uma semana após Lula assumir o cargo, "apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso, o STF e o palácio presidencial".
"Um ex-assessor de Bolsonaro e outros quatro militares foram presos por conspiração para matar Lula", escreveu o jornal argentino La Nacion. A reportagem explica também o que são os "kids pretos", grupo de elite do Exército do qual os envolvidos fazem parte.
"Os militares envolvidos tinham treinamento nas Forças Especiais e planejavam utilizar “técnicas operacionais militares avançadas”, além de instituir um “gabinete de crise” que eles próprios integrariam", diz o La Nacion.
O espanhol El País, por sua vez, apontou que a operação da PF aconteceu em meio à reunião do G-20 no Rio de Janeiro: "Entre os líderes presentes nesta terça-feira no Rio estão Joe Biden, dos Estados Unidos; Xi Jinping, da China; Narendra Modi, da Índia; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; além dos principais líderes europeus e chefes de Estado e de Governo do resto do planeta"
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