Macaparana fica em uma bela região da Zona da Mata Norte de Pernambuco. O acesso é tranquilo e pode ser feito a partir das BRs 101 ou 232 e 408. Nós partimos de Olinda, então preferimos seguir até Goiana pela BR-101 e de lá seguir pelas rodovias estaduais PE-075 e PE-089, com direito a parada em Timbaúba para um café da manhã.
Rodovia PE-089
Dependendo do caminho que se tome, a distância varia de 120 a 140 km, o
que não quer dizer que as maiores distâncias levem mais tempo de viagem.
A viagem pode durar entre 2 h 10 min a 2 h 40 min.
A BR 101 norte é muito bem conservada e sinalizada após o viaduto do
acesso a Itapissuma / Itamaracá e Goiana. Entre Goiana e Timbaúba a PE -
075 requer bastante atenção, pois está repleta de buracos. Já a PE-089,
entre Timbaúba e Macaparana está bem conservada e sinalizada, mas
requer atenção.Mercado Público; Cine Mascarenhas; Câmara Municipal; e, Busto Dr. Silvio Maris
Macaparana nasceu e cresceu sobre morros e as ladeiras são constantes
nos passeios pelas suas ruas. Muitas dessas ruas já não têm mais imóveis
com fachadas em estilo eclético, do início do Séc. XX, o que tira a
beleza da cidade, sobretudo do centro comercial.Igreja Matriz de N. Sra. do Amparo
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, restaurada em 2011 e o seu
entorno são bem conservados. Em frente à Igreja há uma pracinha com um
charmoso coreto e uma imagem de Nossa Senhora. Quem dera o restante da
cidade fosse assim.
Museu Moura Cavalcanti; Casario
Museu Moura Cavalcanti; Casario
O único Museu que encontramos foi o Moura Cavalcanti, localizado próximo
à Igreja de N. Sra. do Amparo, em um imóvel onde até os anos 30 era a
sede da Prefeitura. Francisco de Moura Cavalcanti, foi Prefeito de
Macaparana, Governador do Amapá e Governador de Pernambuco. Infelizmente
estava fechado no dia em que estivemos na cidade.
Os poucos imóveis que remetem à bela época dessa cidade, merecem ser
fotografados. Como em tantos outros municípios, o antigo padrão
arquitetônico que dava mais charme às cidades tem sido pouco preservado.PE-091; Igreja do Monte Alegre; Distrito de Pirauá; Casa de Oração
De Macaparana, partimos para o nosso destino que era o distrito de
Pirauá pela rodovia estadual que se encontra em estado razoável de
conservação. A rodovia, que tem cerca de 18 km, possui muitas curvas,
alguns buracos em certos trechos e requer muito cuidado.
Além da linda vista que a região proporciona, encontramos essa charmosa
Igreja pelo caminho, em um monte junto da estrada. Não é à toa que é
denominada de Igreja do Monte Alegre, vale a pena parar para uma foto!. Pirauá; Igreja de N. Sra. da Conceição; Casario
Pirauá é um Distrito de Macaparana-PE e também de Natuba-PB. A
curiosidade do povoado é que a divisa entre os estados fica exatamente
no meio da rua principal.
Pedra do Bico e Pedra de Santo Antônio
Nosso objetivo principal era chegar à Pedra do Bico, principal atrativo
natural da Serra do Pirauá. Então, logo que chegamos à Pousada,
perguntamos como chegar lá e o recepcionista Júnior se ofereceu para nos
levar no final da tarde.
Após almoçar no Restaurante Serra do Pirauá e descansar, partimos para a Pedra do Bico, um
conjunto de gigantescas pedras de granito das mais belas e variadas
formas. O local está a cerca de 770 metros do nível do mar. O caminho se dá por 8 km de estrada de terra e qualquer carro pode chegar no local. Pedra do Bico e Pedra de Santo Antônio
Embora seja relativamente fácil de se chegar, é interessante ir com alguém que conhece, para mostrar as pedras principais. Nosso guia nos levou para ver também a Pedra de Santo Antônio.
No
local tem uma pequena capelinha com um anexo onde se encontram a imagem
do Santo e objetos referentes a pagamentos de promessas. Infelizmente,
muita coisa se encontra degradada pelos visitantes.
O destaque fica por conta de uma
passagem subterrânea sob a Pedra de santo Antônio, onde se acredita que
as moças que passam três vezes por baixo desta, se casam no mesmo ano.
Muitos romeiros visitam o Horto de Santo Antônio durante o ano, sobretudo em época de festividades.Serra do Pirauá; Pedra do Bico; Pedra de Santo Antônio; Construções à beira da estrada.
No ponto mais alto das rochas, dá para ver o distrito de Pirauá com suas
turbinas eólicas, a Barragem de Acauã e o Rio Paraíba, além de algumas
cidades e povoados da Paraíba. A beleza da Zona da Mata e Agreste vista
da Pedra do Bico vale horas e horas de contemplação.
Na estrada de terra ainda passamos
por uma capelinha, próximo ao local onde deixamos o carro e um antigo
restaurante desativado no meio da estrada.
A Pousada Pirauá é o único Edifício do local, o que permite uma bela
vista da região de todos os quartos. Embora contraste com o bucólico
povoado, oferece uma ótima estrutura para quem quer conhecer a região ou
apenas descansar. Quartos confortáveis, café da manhã regional
delicioso e um ótimo atendimento. O Desbravando Pernambuco recomenda!
História:
O primeiro registro que se tem da formação de Macaparana data do final do século XIX (1879) quando o almocreve Manoel Panguengue construiu um rancho de taipa em terras do engenho Macapá, propriedade de fazendeiro José Francisco do Rego Cavalcanti.
A construção passaria a servir como ponto de apoio para o comerciante
realizar seus negócios e, posteriormente, tornou-se estalagem para os
viajantes. Com o passar dos anos outras casas foram erguidas no local,
formando o que viria a ser denominado Vila de Macapá, distrito de Timbaúba.
A vila que deu origem à cidade de Macaparana teve suas primeiras casas
construídas no local onde hoje é a Rua Nossa Senhora do Amparo, esquina
com a Rua Manoel Borba, no centro. A primeira casa ficava localizada
onde é hoje um sobrado comercial, isto no ano de 1879.
Uma construção que preserva parte de sua arquitetura original, e que é
de grande valia histórica para a cidade, é a casa onde morou por muitos
anos a Sra. Anna de Moraes Andrade, vereadora por cinco vezes
consecutivas e também ex- prefeita da cidade. Ajudou a escrever uma
importante página na história de Macaparana, sendo posteriormente citada
em vários livros, entre eles é também merecidamente homenageada como
sendo uma das 100 Mulheres que mudaram a história de Pernambuco.
Fonte: Wikipédia