Las Vegas, NV – O técnico Dorival Júnior estava decidido a não titubear quando perguntado sobre quem será o substituto de Vinicius Junior na partida do Brasil contra o Uruguai, pelas quartas de final da Copa América, sábado (6), em Las Vegas. Durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (5), no Allegiant Stadium, palco da decisão, o treinador brasileiro sequer esperou o jornalista a cargo da primeira pergunta terminá-la e bradou logo um “Endrick!”.
Duas semanas antes de completar 18 anos, o jovem atacante terá a responsabilidade de comandar o ataque da seleção mais importante do planeta, em um momento de pressão, diante das performances e resultados frustrantes da primeira fase, contra um dos adversários mais difíceis e favoritos ao título.
Confiança em Endrick
“Eu espero que possamos continuar encontrando o caminho dos gols. Eu
acho que o trabalho de uma equipe gira em torno de proporcionar aos
atacantes possibilidades de conclusão, ataques à última linha adversária
e não será diferente desta forma. Perdemos um jogador importante, mas
ganhamos outro garoto que vem despontando”, justificou o treinador.
A entrada de Endrick na equipe titular vinha ganhando cada vez mais coro
nos noticiários esportivos e, principalmente, por parte dos torcedores.
No entanto, sempre que perguntado sobre o assunto, Dorival Júnior
pregava paciência com o processo e que ainda não era o momento, dando
tempo de jogo ao novo jogador do Real Madrid nos três duelos da primeira
fase.
Foram pouco mais de 20 minutos em campo na estreia contra a Costa Rica,
12 minutos contra o Paraguai e, no último jogo, foi acionado aos 41
minutos do segundo tempo. Mesmo assim, o técnico da Seleção Brasileira
garante que a necessidade de dar uma “resposta” à torcida não
influenciou neste processo.
Sem influência externa
“Os resultados não influenciaram. Estamos classificados. Nós precisamos
de equilíbrio, ter paciência ao lançarmos três jogadores com mais ou
menos, teoricamente, o mesmo perfil, em um mesmo instante, jogando
juntos, sem termos uma equipe já alinhada e organizada”, explicou o
comandante.
Além da entrada de Endrick no ataque, Dorival Júnior também antecipou o
retorno de Guilherme Arana à lateral esquerda e, desta forma, o Brasil
deve ir a campo nesta sábado (6) com Alisson; Danilo, Marquinhos, Éder
Militão e Arana; João Gomes, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Rodrygo,
Raphinha e Endrick.
O Uruguai venceu todos os jogos até agora na Copa América: 3x1 no
Panamá, 5x0 na Bolívia e eliminou os donos da casa, os Estados Unidos,
ao derrotá-los por 1x0. Chega como franco favorito para o duelo com o
Brasil e esta condição é reconhecida pela comissão técnica brasileira.
“É um grande clássico sul-americano, importante tanto para o Brasil como
para o Uruguai. Uma equipe que merece todo o nosso respeito.
Naturalmente, vem em um processo de evolução, assim como o Brasil.
Teremos um compromisso complicado, mas tenho certeza que eles também
terão problemas enfrentando a nossa equipe”, ponderou Dorival.