Elano comandou a equipe em seis jogos, com uma vitória e cinco derrotas. Um aproveitamento de 16,6%. O único triunfo foi contra o CRB, nos Aflitos. Os tropeços aconteceram perante Londrina, Bahia, Operário/PR, Guarani e Vila Nova. O Náutico marcou quatro gols e sofreu 10. Desempenho inferior se comparado aos antecessores no cargo, como Roberto Fernandes (38%), e Felipe Conceição (43,5%).
Na curta passagem, Elano colecionou alguns problemas internos. Na estreia, diante do Londrina, o treinador acabou fazendo modificações que prejudicaram o desempenho da equipe no jogo. Como explicação, apontou que foram indicações do então auxiliar-técnico alvirrubro, Dudu Capixaba. O profissional foi afastado do cargo, mas voltou recentemente para assumir a coordenação de base do Náutico.
Recentemente, na derrota para o Vila Nova, um novo detalhe chamou a atenção. Quando a partida ainda estava 1x0 para o Náutico, o meia Jean Carlos, cansado, desabou no gramado. A bola estava com o time goiano, que prosseguiu na jogada, finalizada com o gol de empate, marcado por Wagner. Elano se revoltou com o meia alvirrubro, batendo boca à beira do gramado. O camisa 10 não gostou e precisou ser contido pelos atletas do time goiano.
"Jean é meu jogador. Não desrespeito jogador algum. Falei que era um momento de contra-ataque em que precisávamos dele. Sou treinador, não estou culpando o jogador. Antes de começar a partida, eu disse que era um jogo mais de Série B do que nunca. Contra um time que sabe jogar Série B, fisicamente forte. Não volto atrás daquilo que acho. Se eu sou culpado? Tudo bem, sem problema. Continuarei trabalhando do mesmo jeito, procurando uma saída. Se Jean brigar comigo, me mandar à merda, e a gente ganhar, tudo bem. Mas o time não está ganhando", contou.
