Uma família de Imbaú, no interior do Paraná, foi surpreendida no sepultamento de um bebê ao abrir o caixão e encontrar serragem ao invés do corpo da criança. O caso ocorreu no último sábado, 30, e o caso é investigado pela Polícia Civil. A unidade hospitalar que entregou o caixão aos familiares deve prestar esclarecimentos às autoridades.
A
mãe estava com 24 semanas de gestação quando teve complicações, fato
que teria causado a morte do bebê. Devido a isso, ela precisou ser
submetida ao parto, que ocorreu no Hospital Geral da Unimed de Ponta
Grossa. De acordo com a advogada e tia da mãe da criança, Débora Santos,
a sobrinha viu o natimorto assim que ele nasceu.
Pouco depois, o hospital entrou em contato para saber se
a família gostaria de fazer o sepultamento, e foi combinado para fazer a
retirada do caixão às 11h de sábado na unidade. A avó paterna foi até o
local com a equipe da funerária de Imbaú e havia um pacote lacrado com o
caixão.
Família abre caixão e acha serragem em vez de corpo de bebê:
O pessoal da funerária ainda perguntou se queriam que
abrisse o pacote ali, mas ela [avó] disse que não, pois abriria junto
com os pais”, afirma. Ao abrir o pacote para começar o velório, a
família descobriu que havia só serragem. Diante da situação, a avó
paterna do bebê ligou para Débora para contar sobre o ocorrido e pedir
ajuda.
“Eu
fui para a Unimed, e meu sobrinho já estava lá esperando a notícia do
nenê. Sei que depois de uma hora de espera, eles levaram até o
necrotério e lá estava o corpinho. Eles simplesmente queriam liberar o
corpo como se nada tivesse acontecido”, relata ao contar que chamou a
Polícia para resolver a situação.
Após o registro formal da ocorrência na delegacia de
Ponta Grossa, o corpo da criança foi liberado e sepultado pouco depois
das 19h. A advogada, assim como toda a família, busca saber o que a
unidade hospitalar iria fazer com o corpo do bebê, já que não entregue
serragem no lugar do bebê.
“Você vê, que dó. E todo
esse transtorno, esse medo. Não saber onde estava o corpo, até descobrir
que estava lá [no hospital]. Já é difícil perder um filho, e a hora que
abre o caixão só tem pó de serra, o que é isso? Nós ficamos perguntando
o que eles iriam fazer com esse corpo. Se eles quisessem fazer estudo,
nós poderíamos autorizar, mas não foi nem questionado isso”, desabafa.
Ainda
segundo Débora, a gestão da unidade mostrou as imagens de câmeras de
monitoramento do local, que comprovam que o corpo foi colocado no
necrotério do hospital ainda pela manhã, mas que não souberam informar o
que ocorreu para não ter sido entregue. Os envolvidos devem ser ouvidos
nos próximos dias.
O Terra tentou um posicionamento do Hospital Unimed Ponta Grossa, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
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