Temporal no Rio de Janeiro deixa pelo menos 14 mortos; maioria são crianças e adolescentes

 

Subiu para 14 o número de mortos após o temporal que atingiu o Rio de Janeiro. A maioria são crianças e adolescentes e moravam nos municípios de Angra dos Reis e Paraty. O temporal, que atingiu a região na sexta-feira, 1º, também afetou municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro.

A primeira morte confirmada foi em Mesquita,conforme informou o Corpo de Bombeiros neste sábado, 2. Entre as vítimas das chuvas que caem na região metropolitana e na Costa Verde, estão sete pessoas de uma mesma família.

As vítimas foram a mãe Lucimar e seis filhos: João, de dois anos, Estevão, de cinco anos, Yasmim, de oito anos, Jasmin, de 10 anos, e Luciano, de 15 anos e Lucimara de Jesus Campos, 17 anos. Um sétimo filho foi resgatado com vida e está estabilizado neste momento no Hospital Municipal Hugo Miranda.

Segundo a Prefeitura de Paraty, 219 famílias foram atingidas por alagamento ou perdas materiais, em 22 bairros do município. Há 15 famílias desalojadas e abrigadas em escolas municipais.

O presidente Jair Bolsonaro disse, em suas redes sociais, que o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, está no Rio de Janeiro ajudando nas ações de resposta e no socorro às vítimas do temporal. Além disso, o presidente afirmou que acionou aeronaves para transportar os militares do Corpo de Bombeiros para as regiões mais afetadas.

Até o momento foram encontradas cinco vítimas de deslizamento, entre elas uma menina de aparentemente 4 anos e um menino de 11 anos. Outras pessoas permanecem desaparecidas. De acordo com a Prefeitura de Angra dos Reis, choveu nas últimas 48 horas o equivalente a 655 milímetros, um recorde.

Angra dos Reis

Em Angra dos Reis, a Defesa Civil confirma a morte de seis pessoas. Pelo menos outras 10 ainda estão desaparecidas. Na cidade, os desabamentos atingiram ao menos quatro casas no bairro Monsuaba.

Segundo a administração da cidade uma das mais atingidas, o município registrou volume recorde de chuvas nas últimas 48 horas: quase 700 milímetros no continente e 600 mm na Ilha Grande. Todas as 28 sirenes do sistema de alerta em áreas de risco soaram durante a madrugada deste sábado.

Moradores são orientados a ficar em casa e sair só em caso de alerta de risco de deslizamento ou alagamento. Pelo menos 13 pessoas ficaram desalojadas e precisaram ser acolhidas em abrigos montados pela prefeitura.

Houve deslizamentos de encostas em vários pontos, o que interrompeu a circulação de ônibus que ligam o centro de Angra aos bairros de Jacuecanga, Monsuaba, Ponta Leste e Conceição de Jacareí, a pedido da prefeitura. Outra linhas operavam com restrições nesta manhã.

Manhã de temporal

A Polícia Rodoviária Federal informou que a Rodovia Rio-Santos, BR-101 amanheceu ainda sob chuva intensa e com vários pontos de interdição, parcial e total, por causa de deslizamentos e alagamentos. O trânsito foi totalmente interrompido em ao menos oito trechos da BR-101, entre os quilômetros 446 e 599.

Em Angra, havia dois pontos de interdição por queda de árvore e barreira. Em Paraty, a interrupção era na altura do km 529 e em Mangaratiba, havia quatro pontos de bloqueio. A PRF informou que havia ainda diversos outros pontos de interdição parcial ainda não mapeados "devido à impossibilidade de acesso".

Segundo informações do Alerta Rio, há previsão de chuva fraca nas próximas horas no entorno da capital, principalmente na região costeira. A cidade estava em estágio de alerta desde o fim da noite de sexta-feira, 1, por causa do temporal. Cerca de 57 sirenes foram acionadas em 31 comunidades, segundo o Centro de Operações Rio

 

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