Homem é preso em Lagoa de Itaenga, suspeito de exercer ilegalmente a medicina

Um homem foi preso ontem, em Lagoa de Itaenga, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, suspeito de exercer ilegalmente o exercício da medicina. Segundo o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), ele foi flagrado enquanto atendia em um plantão na Unidade Mista Josefa Cavalcante Petribú. O homem usava o nome e o número de CRM de um médico pernambucano, além de um carimbo falso, para trabalhar no local.

De acordo com o Cremepe, após denúncias, representantes do órgão foram até o local acompanhados de agentes da Polícia Civil que realizaram a prisão. Como explicou o 1º secretário do Conselho de Medicina de Pernambuco, André Dubeux, chefe da fiscalização, o caso foi descoberto após uma pessoa que conhecia o médico que teve os dados utilizados perceber que o homem usava tal identificação. Alertado, o médico em questão informou o Cremepe, que iniciou a apuração e acionou a Polícia.

“Ele estava utilizando o nome e o CRM de um médico e fez uma transferência de um paciente no domingo. E a pessoa que recepcionou o paciente achou muito estranho o número do CRM e o nome pois, coincidentemente, conhecia o verdadeiro dono do CRM e do nome, que é um cirurgião-geral e urologista conhecido na medicina pernambucana”, explicou.

Segundo o Cremepe, o homem, que é brasileiro, afirma ter se formado em medicina na Bolívia, mas não teve o diploma validado no Brasil. Ele atuava na unidade desde fevereiro. De acordo com o secretário, as circunstâncias em que o suspeito foi contratado estão sendo apuradas. “O responsável técnico vai ter que responder ao Conselho como é que contrata uma pessoa sem ter os cuidados de verificar documentos, diplomas e tudo o mais”, disse.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina, representantes do órgão acompanharam o suspeito até a delegacia de Tracunhaém para lavrar o auto de prisão em flagrante. Ainda segundo o Cremepe, o homem deve responder a inquérito por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica, por uso do número do CRM de outra pessoa.

A reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil de Pernambuco mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

 

Post a Comment