Os povos mais numerosos são os Potiguara, com 24.598 pessoas, seguidos pelos Tabajara (776 pessoas) e Warao (306 pessoas), que migraram da Venezuela.
O levantamento também identificou a presença de povos considerados extintos, como os Kariri e Tapuia-Tarairiú, além de dezenas de povos transfronteiriços, aqueles que migraram de um local para outro.
Outro ponto do estudo mostra que 1.536 pessoas se declararam indígenas na Paraíba, mas não souberam informar a qual povo pertencem. Desse total, 94,8% vivem em áreas urbanas e fora de territórios indígenas.
Censo aponta aumento de etnias e línguas em todo o país
De acordo com o IBGE, os resultados revelam diferentes formas de organização social e de autoafirmação. Entre os fatores que explicam o crescimento estão os movimentos migratórios, o processo de urbanização e a reemergência étnica, quando grupos voltam a se reconhecer como indígenas.
No Brasil, o número total de etnias passou de 305 em 2010 para 391 em 2022. O levantamento também identificou 295 línguas indígenas, com 474.856 falantes de dois anos ou mais. As línguas mais faladas são:
- Tikúna, com 51.978 falantes
- Guarani Kaiowá, com 38.658
- Guajajara, com 29.212
Apesar do crescimento em números absolutos, a proporção de indígenas que falam línguas originárias diminuiu: de 37,35% em 2010 para 28,51% em 2022. Dentro das Terras Indígenas, porém, a porcentagem subiu de 57,35% para 63,22%, segundo o IBGE.