Motta nega acordo para pautar anistia e foro privilegiado em troca da desocupação do plenário

Motta nega acordo para pautar anistia e foro privilegiado em troca da desocupação do plenário

 

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), disse nesta quinta-feira (7) que não negociou a votação de projetos em troca da desocupação do plenário da Casa.

Ontem, parlamentares deixaram a sessão afirmando que Motta havia se comprometido a colocar em pauta a proposta de anistia aos golpistas de 8 de janeiro e também o projeto que pode colocar fim ao foro privilegiado.

"A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém", declarou Motta, em entrevista à imprensa.


Medidas disciplinares contra manifestantes

O paraibano disse também que vai tomar providências em relação aos parlamentares que impediram a realização de sessões na Casa na noite de ontem.

Antes de Motta se dirigir ao plenário da Casa na noite de quarta, a Secretaria-Geral da Mesa disparou a assessores e parlamentares um comunicado destacando que "quaisquer condutas que tenham por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas" poderiam levar à suspensão imediata do mandato.

Motta teve dificuldade de assumir cadeira na Câmara

Hugo Motta teve dificuldades de assumir os trabalhos na noite desta quarta-feira devido ao motim promovido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Diversos parlamentares bolsonaristas, dentre eles o deputado cabo Gilberto (PL), obstruiu o acesso à cadeira da Mesa. A situação só foi desmobilizada no início da noite, em meio a um empurra-empurra e a uma tentativa hesitante de Motta de demonstrar força.

Em cenas transmitidas ao vivo, Motta caminhou até a mesa de comando do plenário, tentou assumir a cadeira de presidente e recuou após o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) se recusar a deixar o assento.

Motta se sentou apenas depois de ser escoltado por aliados. Em um discurso aos colegas, ele tentou acalmar os ânimos e defendeu que projetos pessoais e eleitorais não podem "estar à frente do que é maior que todos nós".

Parlamentares seguem pressionando Motta

O grupo segue pressionando para que proposta de anistia aos golpistas de 8 de janeiro seja colocado em pauta.

A obstrução física ganhou apoio de outros parlamentares, sobretudo do Centrão, após o projeto que pode colocar fim ao foro privilegiado também passar a ser colocado como prioridade.

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