O Conselho Regional de Enfermagem de
Pernambuco (Coren-PE) realizou uma fiscalização na Unimed Recife nesta
quinta-feira (16) após a repercussão do caso da menina Bruna Brito, de 4
anos, que morreu na unidade em dezembro de 2024. A vistoria foi
realizada por enfermeiros fiscais e assessores jurídicos do Conselho.
De
acordo com os pais de Bruna Brito, a criança morreu no hospital após
dar entrada com sintomas de amigdalite e passar por uma série de
procedimentos, incluindo exames de tomografia e intubação.
A
mãe da menina, a empresária Gabriela Brito, afirma ter ouvido um
barulho vindo do quarto onde a criança estava e acredita que a filha
dela tenha sido derrubada do leito pela equipe médica.
Após
isso, uma enfermeira teria saído com a roupa cheia de sangue afirmando
que Bruna havia se extubado, ou seja, teria retirado sozinha o tubo
colocado pela equipe médica. Os pais da criança não acreditaram na
versão relatada.
Depois
de realizar a visita nesta quinta-feira, os representantes do Coren-PE
foram informados que um relatório está em fase de conclusão e que até o
momento, o documento não aponta indícios de irregularidades praticadas
pela equipe de enfermagem.
Por
meio de nota, o Conselho afirmou que “se prontifica a acompanhar de
perto o caso e aguarda a finalização do relatório” e se coloca à
disposição para contribuir no caso.
Criança teria recebido muito sedativo para exame
Ao
retornar para a Unimed após a filha não ter apresentado sinais de
melhora, Gabriel Brito foi informada de que a menina precisaria realizar
uma tomografia com sedação.
Porém,
ela estranhou a quantidade de sedativo colocado e disse que uma delas
teria afirmado que “com essa dose cavalar de sedação” já estaria “em
Nárnia há muito tempo”. Gabriela destacou na denúncia que o exame durou
mais do que o tempo normal, que seria de 20 minutos.
Bruna
foi levada para a Emergência Pediátrica de ambulância, onde os
profissionais se surpreenderam ao verem a criança extubada. Com isso, a
menina foi entubada e antes de ser levada para Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), uma enfermeira teria gritado e chamado uma médica e foi
possível ouvir um vazamento de oxigênio.
Uma médica informou aos pais que Bruna havia morrido por hemorragia pulmonar, causa a qual a mãe não acreditou.