Um carro Tesla Cybertruck, avaliado em R$ 2 milhões, exclusivo e importado: esse é o automóvel que o MC Poze do Rodo está sorteando em suas redes sociais.
Para adquirir uma cota, basta pagar R$ 0,99 e isso é apontado no inquérito da Polícia Civil, que ressalta que "o valor elevado torna esse prêmio ainda mais atrativo para o público, aumentando a adesão de sorteios irregulares".
Apesar de o cantor não estar entre os alvos de busca e apreensão da Delegacia de Defraudações, que apura rifas ilegais nas redes sociais, Poze é investigado pela polícia, conforme a delegada Josy Lima Leal Ribeiro, titular da especializada, informou nesta sexta-feira.
De acordo com a Polícia Civil, apesar de ser ofertado com o prêmio, o carro "está envolto em diversas irregularidades, uma vez que não há provas documentais de sua propriedade legítima e tampouco há indícios de que o bem será efetivamente entregue ao suposto vencedor, caso o sorteio venha a ser realizado". O valor da cota a menos de R$ 1 também chama a atenção dos investigadores, que apontam que isso "reforça o caráter ilusório e atrativo da fraude".
Horas antes de a polícia entrar na casa de Poze, para cumprir mandado de busca e apreensão contra a esposa dele, Vivi Noronha, o funkeiro havia compartilhado em seus stories o sorteio desse automóvel. Como opção, o ganhador do sorteio poderia supostamente escolher entre o carro ou a quantia de R$ 1 milhão.
Alvos de operação: Saiba como é golpe do qual Vivi Noronha, esposa de MC Poze do Rodo, e outros influencers são suspeitos, segundo a polícia
Os outros alvos de busca e apreensão são o blogueiro Roger Rodrigues Santos, o Roginho dú Ouro, e parentes. Ele é apontado nas investigações como responsável pela lavagem do dinheiro obtido com as rifas. Os outros nomes são Jonathan Luis Chaves Costa, conhecido como Jon Jon ou Jonathan da Nova Geração — filho de Veronica Costa e Rômulo Costa — e o cirurgião plástico Bolivar Guerrero Silva, que realizava sorteios de procedimentos estéticos, de acordo com a delegada.
Duas secretárias de sua clínica, localizada em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, também foram alvos de busca e apreensão. Ítala Ferreira Lima e Edvania Ferreira da Silva ajudavam a promover a rifa e dividiam o lucro com Bolivar, segundo a polícia.
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