O técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior, explicou os motivos que o fizeram não convocar o atacante Neymar, do Al-Hilal, da Arábia Saudita, para os próximos dois jogos do Brasil pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, contra Venezuela e Uruguai, em novembro. Mesmo recuperado de lesão no joelho, o atleta não foi chamado para que consiga “ganhar mais minutos” até a próxima convocação, em março de 2025.
"Tivemos um acompanhamento próximo de tudo que vem acontecendo com Neymar porque a lesão aconteceu dentro da Seleção. Falei com ele por duas, três vezes nos últimos 60 dias. Estamos atentos à evolução. Ele já está totalmente recuperado, mas com poucos minutos dentro de campo. Ele se dispôs a estar aqui dentro, mas entendeu a situação e condição que se apresenta, com minutagem e as cobranças que faríamos em vê-lo no banco ou em campo”, afirmou o treinador.
“Temos de ter cuidado. Se todo o processo no clube foi respeitado dessa forma, nós temos que respeitar também, preparando para a próxima convocação em que ele já terá um tempo maior (de jogo) e o resgate da confiança. Um atleta do nível ter o prazer de estar aqui dentro tem uma importância grande. Acredito que precisamos enaltecer a postura dele. Fisicamente, ele ainda depende de um complemento e, se Deus quiser, ele terá uma evolução grande daqui para frente. Por isso, achamos conveniente não trazê-lo para não precipitar nenhuma situação", completou.
O treinador também comentou sobre a recente polêmica envolvendo a premiação do Bola de Ouro, promovida pela revista francesa France Football, que premiou o espanhol Rodri, do Manchester City, como o melhor jogador da temporada - troféu que muitos imaginavam que ficaria com o brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid. Na visão de Dorival, uma escolha injusta.
"Tive uma conversa com ele (Vinícius) um dia antes e não após (a premiação). Na minha opinião, uma decisão injusta. A premiação individual, com um atleta decisivo, agudo e letal, com o talento mostrado para o mundo todo, teria de ser justamente dele. Nada contra quem ganhou o prêmio. Foi o reconhecimento de um grande atleta do futebol mundial na última temporada. Porém, pelo trabalho que Vinícius fez, deveria ter tido uma atenção diferente”, ressaltou.
Dorival ressaltou que o fato pode fazer a Seleção se unir mais para buscar uma conquista que vai beneficiar o Brasil e, de quebra, o próprio Vinícius Júnior: a Copa do Mundo de 2026.
“O maior prêmio que ele ganhou foi o reconhecimento e respeito do seu povo. A grande maioria percebeu a injustiça feita com o atleta que, por merecimento, poderia ter tido a premiação. Sempre acreditei que no futebol, por ser um esporte coletivo, deveríamos premiar coletivamente a equipe. Para todos nós, isso virou um desafio para que a gente possa premiá-lo, assim como a todos brasileiros, daqui um tempo, em uma decisão de Copa do Mundo", frisou.
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