A segunda edição do Festival de Cultura Negra de Pernambuco (AfroFest) foi realizada nesta quarta-feira (20), no Dia da Consciência Negra, com apresentações artísticas no Pátio de São Pedro, no bairro de São José, área central do Recife.
Pela primeira vez o Dia da Consciência Negra foi feriado na Capital pernambucana e o público acompanhou shows musicais, artes visuais e outras expressões culturais com destaque para a produção de artistas negros.
Uma dessas apresentações foi do tradicional Bloco de Samba A Turma do Saberé que é do bairro de São José e tem 65 anos de existência. O grupo animou o Pátio de São Pedro com clássicos do samba.
Marcos Paulo, vice-presidente da Turma do Saberé, agradeceu ao convite para participar do evento e espera que o grupo possa aparecer em outros momentos.
"Estamos aqui para ajudar a cultura. Quero agradecer ao convite, a Turma do Saberé fica muito lisonjeada pelo chamado numa data importante para a cultura negra. Nossa apresentação foi maravilhosa e espero que se repita nos próximos anos".
Artes visuais
Além das apresentações musicais no palco, artistas do Coletivo Pão e Tinta marcaram presença no Pátio de São Pedro produzindo quadros. O grupo é composto por residentes da Comunidade do Bode, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.
"Para a gente do Coletivo Pão e Tinta é uma alegria imensa estar na segunda edição. A gente vem para usar isso como ferramenta de transformação social e para falar sobre uma reparação histórica que ainda precisa acontecer para os negros e negras nas periferias".
Iara Izna, uma das artistas do Pão e Tinta que esteve no AfroFest, tem como abordagem nas suas produções a valorização da beleza da mulher negra. Ela também comemorou a oportunidade de participar do evento.
"É um dia muito importante. Estar nesse espaço em que a maioria dos fazedores de cultura são mulheres e homens negros. Poder trazer minha arte, ser representada e trazer representatividade é fundamental", disse.
A cantora Gabi do Carmo se apresentou na primeira edição do AfroFest no ano passado. Em 2024, ela participou como mestre de cerimônia do evento e ressaltou o fato de que, a partir deste ano, a data será um feriado.
"A gente está muito feliz porque o Pátio de São Pedro é um espaço de cultura o ano inteiro e estar com o festival para conscientizar me deixa muito feliz. Poder fazer arte nesse dia, com a movimentação de tantas expressões culturais. Todo feriado vamos fazer o AfroFest na rua".
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