Com baixa avaliação do seu Governo nas pesquisas, estando a desaprovação já igual a aprovação, em torno de 47%, o presidente Lula (PT) avalia fazer uma reforma ministerial. O problema está no timing. Ministros mais próximos a ele defendem que isso se dê logo após a eleição em segundo turno, que acontece no próximo dia 27.
Outros aliados passaram a avaliar a possibilidade de realizar uma reforma ministerial somente após o resultado das eleições para presidentes da Câmara e do Senado, que serão em fevereiro do próximo ano. Até então, esses mesmos palacianos já haviam reconhecido que uma eventual mudança de ministros ficaria para depois das eleições municipais, no final deste mês.
A medida que se aproxima o segundo turno, entretanto, governistas afirmam não existir mais a certeza de mudança na Esplanada ainda neste ano. Além de checar o tamanho com que os partidos irão ficar depois das eleições, o governo também quer esperar a disputa de forças pelo comando da Câmara e do Senado.
Um dos alertas que soam fortes dentro do governo é o choque entre deputados para escolha do substituto de Arthur Lira (PP-AL). Apesar de indicado como favorito, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) não garantiu consenso das bancadas. O governo avalia que a tarefa ficou ainda mais difícil. A missão de agradar tantos partidos passa tradicionalmente pela divisão de espaços na Esplanada.
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