Parada da Diversidade do Recife movimenta Dois Unidos, na Zona Norte da cidade


 Neste domingo (22), a 16ª Parada da Diversidade do Recife tomou as ruas do bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife.

Com o tema “A Periferia Também É Patrimônio Cultural e Imaterial do Recife”, o evento reuniu centenas de pessoas de diversos lugares para prestigiar o movimento LGBTQIAPN+.

Parada da Diversidade do Recife
A banda da Escola Rosa Magalhães, do Alto Santa Teresa, deu o tom de abertura do evento. Segundo a baliza Larissa Mayara Silva, a semana de preparação foi intensa. 

"Foi um grande prazer nos apresentarmos aqui. Ensaiamos todos os dias para dar o nosso melhor", afirmou Larissa. 

Alem da apresentação da banda e dos trios elétricos, o público curtiu ainda performances de artistas, com o cerimonial de Rita Rivotril, e shows de artistas locais como Banda Bateu a Química, Danilo Swing do Amor e Ronny Versalis.


Valentina Foster, atual rainha da diversidade, destacou a importância do evento para dar visibilidade ao movimento LGBTQIAPN+. 

"É essencial que a sociedade compareça e apoie eventos como este, que fortalecem nossa luta por direitos e por voz", pediu a rainha da diversidade do Recife. 

Participante assídua desde a primeira edição, Karolaine Félix, autônoma de 51 anos, reforçou seu compromisso com a parada. 

"Mesmo gripada, estou aqui. Precisamos sempre prestigiar nossa festa", comentou Karolaine.

Já Angelina Jolie, que mudou de nome em homenagem à atriz, interpreta a “Malévola do Nordeste” desde 2014. Com orgulho, ela exibiu a fantasia cheia de detalhes que fez com as próprias mãos. 

“Amo a Angelina, e há oito anos participo dessa parada, que eu adoro. Convido a todos para conhecerem”, declarou Angelina.

Patrimônio cultural imaterial do Recife:
Esta é a primeira edição da Parada da Diversidade do Recife como patrimônio cultural imaterial da cidade. 

A nomeação da parada como patrimônio cultural foi oficializada pelo Projeto de Lei nº 295/22, de autoria do vereador Ivan Moraes (PSOL), aprovado em setembro do ano passado. 

Para Ricardo José dos Santos, idealizador do evento, a aprovação foi uma grande conquista não só para a comunidade, mas também para o bairro. 

“Chegar a esse patamar de patrimônio cultural não foi fácil. Encontramos muitas dificuldades, mas hoje a comunidade se mobiliza para ver a parada. A gente movimenta a economia, a segurança e traz à tona discussões sobre a violência contra a comunidade LGBT”, disse o organizador.

Ricardo destacou ainda o impacto social do evento. "O que arrecadamos em doações será revertido para ações sociais da comunidade. Não adianta fazer parada sem contribuir para a comunidade”, explicou Ricardo. 

A expectativa para a próxima edição já está alta. Ricardo Santos adianta: “Esperamos que a 17ª parada seja ainda maior e melhor, agora como patrimônio cultural imaterial do Recife”, completou o idealizador do evento.

 

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