Com o propósito de inclusão e impacto positivo na saúde das pessoas com deficiência, o esporte paralímpico viverá o seu momento máximo a partir da próxima quarta-feira (28), quando Paris recebe a 17ª edição dos Jogos Paralímpicos. O Brasil, uma das potências mundiais, chega com a maior delegação da história do país e mirando o recorde de conquistas.
Origem
O paradesporto surgiu como alternativa de tratamento para a reabilitação
dos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. Desde então, exerce há
quase 80 anos a função de impactar positivamente não só as funções
motoras e físicas, como também a saúde mental e proporcionando a
reinserção social do indivíduo.
A primeira edição da Paralimpíada aconteceu em 1960, em Roma, mesma cidade que recebeu os Jogos Olímpicos daquele ano. O Brasil só passou a disputar anos depois, em 1972, na cidade alemã de Heidelberg, com a primeira medalha sendo conquistada na edição seguinte, nos Jogos de Toronto 1976, na disputa da bocha.
Marca brasileira
Paris receberá mais de 4 mil atletas, de 181 delegações. Ao todo, 22
esportes serão disputados, com 549 medalhas de ouro em disputa. Com 373
medalhas até aqui, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem como
expectativa não só de passar a marca de 400 medalhas, como também de
ultrapassar a meta de 72 medalhas em uma só edição, número que o país
atingiu no Rio e em Tóquio.
“Temos certeza de que será uma das mais importantes participações do Brasil em Jogos Paralímpicos. Vamos chegar em Paris após o nosso ciclo mais vitorioso da história, com campanhas históricas em Mundiais e no Parapan de Santiago 2023. Estamos muito esperançosos de que nossos atletas tenham as suas melhores trajetórias da carreira”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico no futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e atual presidente do CPB.
Para isso, o Brasil partirá com a sua maior delegação da história,
superior até quando sediou o evento. Ao todo, serão 280 atletas, sendo
que 255 são pessoas com deficiência, e os demais como os atletas guias,
os goleiros do futebol de 5, calheiros da bocha e timoneiro do remo.
Assim como nos Jogos Olímpicos, a participação feminina do Brasil também
será histórica. Jamais uma delegação brasileira teve tantas atletas
mulheres convocadas, serão 117 são nomes femininos, representando cerca
de 45% do total da delegação.
Destaques
A delegação brasileira chega com vários nomes de destaque e que são
esperanças para novas conquistas. Do atletismo, esporte que mais rendeu
medalhas para o país, saem dois dos nomes mais conhecidos.
Indo para sua terceira paralimpíada, o paraibano Petrucio Ferreira é dono de cinco medalhas paralímpicas e detentor dos recordes mundiais dos 100 e 200 metros rasos da classe T47, para atletas com deficiência nos membros superiores. Já a paulista Beth Gomes é dona do recorde mundial do lançamento de disco na classe F53, no qual os atletas competem sentados, atual medalhista de ouro e mesmo aos 59 anos chega com favoritismo.
Da natação surge o nome de Gabriel Araújo, o Gabrielzinho.
Mesmo com apenas 22 anos, o atleta chega com grande experiência, três
medalhas paralímpicas no currículo e várias em Campeonatos Mundiais na
classe S2. Primeira atleta da história do Brasil a disputar Jogos
Olímpicos e Paralímpicos, Bruna Alexandre possui três medalhas paralímpicas em duas edições disputadas.
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