Governo vive dias de agonia a cada votação na Assembleia Legislativa

 

Cada dia com sua agonia. A expressão popular que se originou a partir do versículo do evangelista Mateus tem se encaixado bem a cada votação de projetos importantes encaminhados pelo Governo de Pernambuco à Assembleia Legislativa.

Impossível ter certeza de que mesmo liberando emendas e fazendo entregas a votação será favorável. Só dá para respirar com algum alívio após o processo encerrado. Ontem, antes da aprovação do requerimento para convocação extraordinária, a tensão era um pouco maior. Em recesso e em ano de eleição, havia o risco de deputados não voltarem de suas bases, considerando também a véspera do feriado no Recife.

Eram necessários 25 votos. O Governo conseguiu 28, contando com os do líder da oposição, Diogo Moraes (PSB), de Lula Cabral (Solidariedade), que se diz independente, e dos imprevisíveis Abimael Santos (PL) e Romero Albuquerque (União Brasil).

Os petistas Doriel Barros e João Paulo Lima não chegam a ser surpresa. Ter um dos projetos com apoio do Governo Federal - o Sertão Vivo - reforçou o posicionamento deles. A inquietação não se encerrou ontem. 

A oposição vai esticar ao máximo os prazos previstos em regimento para discussão, escuta de secretários e apresentação de emendas. O titular da Fazenda, Wilson de Paula, já confirmou presença amanhã. Mas a assessoria de Ana Maraíza (Administração). não soube informar e Fabrício Marques (Planejamento) estará em Rondônia.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Antônio Moraes, aposta em acordo para agilizar as análises nas Comissões de Finanças e de Administração. Sem acordo, que deve ter unanimidade, o prazo de emendas vai até dia 26 e os pareceres nos colegiados ficarão para 2, 9 e 16 de agosto.


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