Nas 48 horas antes de atirar contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, fez uma série de paradas em sua cidade natal, no subúrbio de Pittsburgh, e nos arredores.
De acordo com oficiais citados pela CNN, na sexta-feira, Crooks foi a um campo de tiro do qual era membro e praticou disparos.
Na manhã seguinte, foi a uma loja da varejista Home Depot, onde comprou uma escada de 1,5 metro, e a uma loja de armas, onde comprou 50 cartuchos de munição, acrescentou a fonte.
Em seguida, dirigiu seu Hyundai Sonata por cerca de uma hora para o norte, juntando-se a milhares de pessoas de toda a região que foram ao comício de Trump em Butler, na Pensilvânia. E
le estacionou o carro do lado de fora do evento, com um dispositivo explosivo improvisado escondido no porta-malas que estava conectado a um transmissor que ele carregava, disse a autoridade.
Depois, segundo os investigadores, ele usou sua escada recém-comprada para escalar um prédio próximo e abriu fogo contra o ex-presidente antes de ser morto pela polícia.
No entanto, os motivos que levaram Crooks — um jovem discreto sem histórico criminal ou crenças políticas fortes conhecidas — a tentar assassinar Trump, permanecem um mistério, mesmo depois que o FBI obteve acesso ao seu celular na segunda-feira e começou a analisar seu conteúdo em busca de pistas.
Os técnicos do laboratório do FBI em Quantico, Virginia, examinaram mensagens de texto, e-mails e outros dados do atirador em outros dispositivos eletrônicos, além do celular, para acessar suas comunicações, histórico de navegação e atividade em redes sociais, mas não encontraram imediatamente evidências claras de um possível motivo, ou novos detalhes significativos sobre possíveis conexões com outras pessoas.
Na segunda-feira, enquanto a atenção de Trump se voltava para a Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, dezenas de agentes e especialistas técnicos na área de Pittsburgh também examinavam fotos e vídeos feitos por participantes do comício e agentes de segurança.
O FBI entrevistou mais de 100 pessoas nos últimos dois dias e completou uma busca no carro e na residência do atirador. Mas mais de 48 horas após o ataque, os investigadores estão impressionados com a falta de pistas sobre a mentalidade e os possíveis motivos de Crooks.
Logo após o atentado, algumas pessoas na multidão disseram aos repórteres que tentaram alertar a polícia de que havia um homem suspeito em um telhado próximo.
Um vídeo publicado nas redes sociais e analisado pelo Washington Post confirma os relatos. As imagens mostram várias testemunhas gritando e direcionando pelo menos um policial para o telhado de uma empresa vizinha, a Agr International, que fabrica equipamentos industriais, quase um minuto e meio antes dos disparos.
De acordo com o Post, um homem grita no vídeo “Oficial! Oficial!” enquanto outros apontam para o prédio. “Ele está no telhado!”, diz uma mulher. A filmagem também mostra um policial em um uniforme preto olhando para o topo do edifício.
O Serviço Secreto está sob pressão para explicar o que os analistas descreveram como uma grande falha de segurança — o prédio da Agr não estava dentro da área de segurança vigiada pelos agentes, que exigiam que o público passasse por um detector de metais antes de entrar.
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