Alta concentração de algas pode ter causado fenômeno observado no mar de Boa Viagem

 

Em um vídeo enviado à reportagem da Folha de Pernambuco, registrado na altura do hotel Radisson, é possível observar que a presença do material, até então desconhecido, alterou a coloração do mar em parte da orla. 

Com a alta movimentação no local, devido ao feriado de Nossa Senhora do Carmo, celebrado na terça-feira (16), o fenômeno causou desconforto em banhistas e chamou a atenção da Marinha do Brasil, que deslocou uma equipe de inspeção naval até o local para realizar a análise da água.

Vegetação marinha
De acordo com o órgão, após efetuar uma varredura em 4 km da orla, a Marinha descartou a presença de indícios de óleo no oceano. 

"Ao chegarem ao local da ocorrência, os militares verificaram presença de vegetação marinha (algas), coletando, entretanto, algumas amostras de água e areia, aparentemente sem vestígios de presença de substância oleosa, ao longo de faixa de praia com cerca de quatro quilômetros da posição registrada nos vídeos", comunicou a marinha por meio de nota oficial.

Segundo o biólogo André Maia, o fenômeno observado pelos banhistas por ter sido causado por "espumas por alta concentração de algas marinhas". 

"Em algumas épocas do ano, principalmente quando há excesso de chuva, vem muita água dos rios com matéria orgânica para dentro dos oceanos e isso estimula o aumento da concentração de algas. Nesses casos, a alta concentração de algas marinhas é considerado um evento normal", explica André.

No entanto, o biólogo pontuou, ainda, que o fenômeno também pode ser sinal de poluição.

"Com excesso de matéria orgânica na região por poluição, as algas se multiplicam e, em excesso, causam esse mesmo fenômeno. Mas, para ter certeza, é necessário fazer a análise da água", concluiu o biólogo.

Agência Estadual de Meio Ambiente
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) informou que, após receber a denúncia de manchas na orla de Boa Viagem, no Recife, realizou, na última terça-feira (16), a coleta de amostras da água do mar para análise laboratorial.

Os técnicos da Agência, em análise visual, não identificaram a presença de óleo, fato confirmado pela Marinha do Brasil.

As manchas na água, provavelmente, são algas marinhas, mas a confirmação depende do resultado laboratorial, que ficará pronto no dia 26 de julho.

A Agência CPRH esclareceu que segue monitorando o litoral do Recife e já realizou uma vistoria na orla de Boa Viagem, para verificar a existências de outros pontos, mas não foram encontradas novas manchas.

A Marinha do Brasil infomou que, caso a população aviste óleo nas praias, comunique discando 185 – Emergências Marítimas. 

 

 

 

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