Falta de pagamento do restante das "emendas pix" pode ter derrubado projetos do Governo

Embora tenha pago duas remessas de "emendas pix" aos deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), em 14 e 20 de junho, a falta de pagamento das emendas restantes pode ter sido a motivação para que os projetos do Estado tenham sido derrubados na CCLJ, nesta quarta-feira (26). 

Cada parlamentar tem direito a R$ 2,6 milhões em "emendas pix", mas nem todos receberam os valores totais. O líder do PSB na Casa, Sileno Guedes (PSB), por exemplo, teve liberada uma emenda no valor de R$ 600 mil, para a cidade de Panelas, no Agreste.

O restante do valor só pode ser repassado às cidades pelo Estado até o dia 6 de julho, três meses antes das eleições municipais, ou após o pleito.

Informações de bastidores apontam que os deputados podem estar aguardando os demais pagamentos para só então votarem os projetos da gestão Raquel Lyra (PSDB) que pedem novos empréstimos para Pernambuco.

Um indicativo dessa estratégia é que as matérias chegaram na Casa no último dia 17 e só foram publicadas no Diário Oficial (DO) desta quarta-feira (26), mesmo tendo havido publicações do DO na última semana.

Com isso, os parlamentares ficaram à vontade para argumentar nas Comissões que o prazo para emendas é de dez dias úteis a partir de hoje e que gostariam de respeitar esse período, além de justificarem também que não tinham tido tempo de ler as matérias porque somente hoje houve a publicação.

Na tarde dessa terça-feira (25), alguns deputados de oposição foram vistos em longa reunião na Presidência da Casa, como Alberto Feitosa (PL), Sileno Guedes e Rodrigo Farias, ambos do PSB.

 

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