Comitiva de parlamentares vistoriou a situação do Metrô do Recife (Metrorec), na manhã desta segunda-feira (21). A visita foi convocada pelo senador Humberto Costa (PT), que é presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado. O parlamentar definiu a situação do modal, em um todo, como estarrecedora.
“O que nós vimos foi uma situação estarrecedora; é um sucateamento que foi realizado nos últimos dois governos, com redução de recursos de custeio e investimento. Mas, ao mesmo tempo, nós vimos o potencial que o metrô tem, seja pela expertise ou pela estrutura. O que nós precisamos, nesse momento, antes de qualquer discussão, é garantir que esse processo de sucateamento estanque”, disse.
Ainda de acordo com o senador, o metrô vive uma situação complicada,
com a falta de peças e de manutenção. Uma paralisação técnica também é
temida.
Fazem parte da comissão o deputados federais Renildo Calheiros (PCB) e
Túlio Gadêlha (Sustentabilidade), os deputados estaduais João Paulo (PT)
e Dani Portela (PSOL) e o presidente do Sindicato dos Metroviários de
Pernambuco, Luís Soares.
Os parlamentares conheceram a sede administrativa do metrô, em Jardim
São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Depois seguiram viagem para
conhecer os problemas do sistema, no Centro de Manutenção, em Cavaleiro,
Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, onde também puderam
conhecer os planos e projeções de expansão do Metrorec.
Trens novos?
O deputado federal Túlio Gadêlha destacou que a maior preocupação, no
momento, é que o equipamento seja devolvido à sociedade com agilidade,
visto que a falta dele prejudica quase 200 mil pessoas.
“É um equipamento público necessário para uma cidade que tem um dos
piores trânsitos do mundo e o pior do País. Restabelecer o funcionamento
do metrô, discutir o preço da tarifa e fazer com que os trabalhadores
voltem a usar o transporte é uma questão de honra desse Congresso e do
Senado”, explicou.
Gadêlha também destaca a necessidade de dialogar com o Governo Federal
para conseguir investimentos e a aquisição de, pelo menos, 20 novos
trens.
Em greve há 19 dias, os metroviários de Pernambuco pede, além de reajuste salarial, melhorias do modal e que o Metrô do Recife não seja privatizado - caso seja, que sejam mantidos os empregos.