Após denúncias de racismo, Atacadão acaba com circulação de 'fiscais de prevenção' em lojas

Após denúncias de racismo, Atacadão acaba com circulação de 'fiscais de prevenção' em lojas

 

A rede de supermercados Atacadão anunciou, por meio de comunicado, que irá extinguir a circulação dos chamados "fiscais de prevenção" nas lojas, além de outras mudanças na operação. A decisão ocorre após as recentes denúncias de racismo envolvendo a marca.

A rede explica que os fiscais de prevenção não vão mais circular pelos corredores, ficando em pontos fixos à disposição de clientes. "A função dos profissionais que ficam em pontos fixos ou à frente do caixa é ser ponto de apoio aos clientes, ou atuação em casos de urgência (clientes passando mal e acidente, por exemplo)", diz o comunicado.

A medida passou a valer desde a última quarta-feira, 12, em todas as 334 lojas da rede ao redor do Brasil.

Além disso, o Atacadão disse que vai revisar os treinamentos das equipes que trabalham nas lojas, em uma parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo. A rede também anunciou "melhorias no processo de monitoramento de câmeras para manter um ambiente seguro para seus clientes".

Relembre caso mais recente

No início deste mês, uma professora realizou um protesto em uma unidade do Atacadão em Curitiba, no Paraná. Isabel Oliveira tirou a roupa e se dirigiu ao caixar do supermercado apenas de calcinha e sutiã. Ela disse que havia sido perseguida por seguranças dentro do estabelecimento.

Quando questionada sobre o caso, na época, o Grupo Carrefour, dono da rede Atacadão, disse que não havia encontrado nenhuma irregularidade na conduta do funcionário. A Polícia Civil está investigando o caso.

A situação gerou tanta repercussão, que foi comentada até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um discurso.

 

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