132 anos de destaque no segmento sucroenergético do Nordeste. Completando aniversário neste 16 de fevereiro, a Usina Cucaú, do Grupo EQM, localizada no município de Rio Formoso, é uma das maiores produtoras de açúcar e etanol de Pernambuco e tem contribuído fortemente com o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região da Zona da Mata Sul do Estado.A Usina Cucaú celebra a data com previsão de uma moagem histórica, de 1 milhão 430 mil toneladas de cana moída na safra 22/23.
Segundo o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, o empreendimento é beneficiado por uma topografia favorável e boa localização para o escoamento da produção. "A Usina Cucaú é, sem nenhum favor, uma das melhores usinas de Pernambuco. Ela está no bioma da Mata Sul, portanto, um bioma mais úmido, de solos férteis e é uma Usina privilegiada na sua topografia. Cucaú tem grandes áreas de várzea que é o vale do Rio Sirinhaém , tem chãs e muitas áreas planas. Quase um terço da sua área de colheita pode ser mecanizada. Ela é muito bem situada, perto do Porto de Suape e, relativamente, perto do Recife (cerca de 100 km). Portanto, tem localização, também, muito privilegiada", disse Eduardo.
Além da topografia e boa localização, Cucaú tem como destaque ser uma
empresa sustentável, já que a sua produção tem um ciclo fechado, desde o
plantio até o produto final e os subprodutos da indústria, como conta a
diretora de Marketing do Grupo EQM, Joanna Costa.
"Quando a cana está crescendo, ela faz a fotossíntese, o solo retém o
carbono. Quando colhemos, produzimos o açúcar, um alimento rico, e o
etanol, um combustível altamente promissor e sustentável. Os subprodutos
da nossa indústria são reaproveitados, como o bagaço que é combustível
para as nossas caldeiras, e a vinhaça para fertilização do solo. E o
ciclo reinicia", afirmou.
Referência no setor
Prova da referência e importância da Usina são os números de produção diária que ela vem obtendo. De acordo com o superintendente da Cucaú, Fernando Lins,
os resultados mostram a robustez do equipamento. "A capacidade de
processamento diário da Usina está sendo de 11 mil toneladas de moagem
de cana, 20 mil sacos de açúcar de 50 quilos, 500 mil litros de etanol
hidratado e 250 mil litros de etanol anidro. Os dados surpreendem",
contou Lins.
Na avaliação do engenheiro industrial Ricardo Rocha, a
safra está sendo positiva, mesmo com alguns desafios. "Devemos bater o
recorde de moagem semanal, com 66 mil toneladas moídas, mesmo com as
chuvas acima da média na Mata Sul - o que tem redobrado os nossos
desafios", declarou.
A engenheira química Sabrina Nascimento também ressalta
os aportes financeiros injetados que permitiram chegar aos números
positivos. "Apesar das adversidades climáticas, os investimentos que
estão sendo feitos contribuem para o crescimento", pontua Sabrina.
Impacto positivo
O momento mais positivo da atuação acontece no período de safra da
cana-de-açúcar, que, normalmente, vai de setembro a março, quando a
Usina gera cerca de 4.600 empregos diretos e 13.800 empregos indiretos,
o que faz da Cucaú uma "verdadeira cidade". Esse impacto positivo faz
com que o empreendimento beneficie diversos municípios próximos a Rio
Formoso, como Sirinhaém, Tamandaré, Gameleira, Ribeirão, Escada, Água
Preta, Palmares, Catende, Maraial, entre outros.
Já no período da entressafra, ou seja, no período em que a Usina encerra
a moagem e passa a fazer a manutenção da fábrica, o reparo da frota, o
plantio e tratos culturais no campo, ainda assim, continua gerando cerca
de 2.500 empregos diretos e 7.500 empregos indiretos.
Foco na sustentabilidade
Além de ser uma produtora de cana, açúcar e etanol, a Usina Cucaú é
também uma grande produtora de ações que valorizam e cuidam do meio
ambiente. Detentora de mais de 6 mil hectares de área de Mata Atlântica
preservada, a Usina está em busca da formalização de uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).
A área a ser preservada tem aproximadamente 872 hectares da Mata do
Jaguarão, fazendo com que sejam direcionadas ações de cuidado,
reflorestamento e conscientização sobre a manutenção dos biomas.
Outra ação que foca no meio ambiente é o espaço de Viveiro de Mudas, que
pode ser considerada uma "fábrica" de conhecimento e educação
ambiental. O local tem o objetivo de atuar para a produção de mudas de
espécies da flora nativa, que passam pelas etapas da sementeira, da
repicagem, da rustificação e seguem para o plantio no campo e o
reflorestamento. O espaço também tem um compromisso com o conhecimento
para as crianças e adolescentes das escolas e comunidade local, que
recebem palestras e participam de workshop sobre a sensibilização e a
conscientização de como preservar o meio ambiente.
Segundo a diretora de gestão de pessoas do Grupo EQM, Cláudia Dantas,
a Usina Cucaú tem trabalhado sob os pilares e critérios da
sustentabilidade ambiental, social e da governança corporativa. "Na
Cucaú, o grande diferencial está nas pessoas. O senso de pertencimento e
o laço de afetividade dos funcionários com a empresa é uma
característica muito forte na nossa cultura organizacional. As pessoas
têm a empresa como sendo parte da vida delas e se sentem orgulhosas de
fazerem parte dessa história", acrescenta Cláudia.
História e modernização
A Usina, fundada em 1891 pela Companhia Geral de Melhoramentos, passou por um processo de expansão e uma nova fase ao ser adquirida pelo empresário Armando de Queiroz Monteiro
no ano de 1943. Na ocasião, a aquisição teve o objetivo de modernizar
toda a estrutura para transformar o equipamento em uma das maiores
produtoras de açúcar e etanol do Estado de Pernambuco.
O legado moderno na Cucaú deixado por Armando de Queiroz Monteiro, que
faleceu em 1989, foi repassado para outras gerações da família, como os
filhos Armando, Múcio e Rômulo. O primogênito Armando Monteiro Filho, que já atuava com o seu pai, liderou e diversificou os negócios da família entre os anos de 1960 e 1990. Enquanto isso, Rômulo Monteiro, engenheiro agrônomo de formação, contribuiu significativamente com a consolidação do parque agroindustrial. Já Múcio Monteiro também teve ativa e exitosa participação na gestão da Usina.
A passagem da administração e modernização da Usina ocorreu nos anos
seguintes, quando no ano 2000 o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro,
presidente do Grupo EQM e filho de Armando de Queiroz Monteiro Filho,
adquiriu o controle acionário da empresa. Um novo tempo, então, se
iniciou na Usina Cucaú. Com uma gestão moderna e arrojada, Eduardo
investiu no campo, expandiu a capacidade produtiva da fábrica,
modernizou as instalações e promoveu uma reestruturação administrativa
capaz de trazer Cucaú ao patamar atual de uma empresa sólida,
competitiva, ambiental e socialmente sustentável.