- Desci porque achei que demoraria para receber. Todos os atletas estava no campo. Quem vence tem que comemorar, tem que fazer parte da festa. Importante pro Del Valle a conquista, triste para nós. Não havia motivo nenhum para comemoração.
Não é a primeira vez que Ceni tem uma atitude do tipo. Em 2006, era capitão da equipe que perdera a Recopa Sul-Americana para o Boca Juniors, da Argentina, em pleno Morumbi. Após receber a medalha de prata, atirou ela para um grupo de torcedores nas cadeiras térreas do estádio. A Conmebol chegou a avaliar o caso para punir o goleiro, mas o episódio foi esquecido.
No final daquele ano, após o São Paulo conquistar o Campeonato Brasileiro, o então camisa 1 buscou se redimir e repetiu o gesto.
Muito tempo depois, em 2013, Ceni também se recusou a subir no pódio após outra derrota em Recopa, desta vez para o rival Corinthians. Saiu para os vestiários do Pacaembu logo após o apito final do jogo que deu o título ao arquirrival alvinegro.
Sobre o fato de 'privilegiar' a festa do adversário, o comandante são-paulino admitiu a melhor fase dos equatorianos.
- Tamanho dos clubes é importante, mas o momento também conta. Talvez o momento do Del Valle é melhor que o do São Paulo. O nervosismo talvez custou a gente ter perdido oportunidades. O tamanho da história é diferente, assim como o momento de um e de outro pode ser colocado em uma balança.