Coronel da PM é acusado de dar tapa em parte íntima de soldado

 O coronel Cássio Pereira Novaes é alvo de novas denúncias de assédio sexual relatadas por soldados da Polícia Militar de São Paulo. Segundo o documento que o Terra teve acesso com exclusividade, o réu chegou a bater nas nádegas de uma das vítimas. Um dos processos, que engloba quatro denúncias, está em segredo de Justiça. 

Conforme apontam as denúncias, ele agia sempre da mesma maneira, mandava mensagens de cunho sexual para elas, prometia proteção e benefícios dentro da instituição.

Primeira denúncia

As investidas sexuais contra Jéssica começaram em 2018, e ocorriam a partir de mensagens, ameaças e humilhações, inclusive, na frente de outros colegas. O suspeito até teria tentado sabotá-la quando ela se recusou a ceder às investidas.

Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Record, em maio de 2021, Jéssica contou que ele a chamou para sair na primeira vez que a viu. "Ficamos questão de cinco minutos a sós, e ele já me chamou para sair. Falei que não queria, explique também que sou casada e ele também. E, mesmo assim, eu não ficaria com ele. Acho que da forma como eu falei, já cortando, ele não aceitou o não, e passou a me perseguir", afirma. 

Segundo a soldado, ela sofreu grave ameaça, ficou afastada por dois anos, mudou de cidade e telefone, com medo de seu superior. Mas nada disso resolveu. Novaes conseguiu novamente o celular dela, e, quando ela retornou ao serviço, passou a mandar diversas mensagens. 

Em um áudio enviado pelo WhatsApp, ele sugeriu como ela deveria se apresentar. "Faz a unha aí, eu gosto de vinho ou preto, e a do pé também. Vem com sapato alto aí", diz o coronel, que condicionava a ausência no encontro a uma transferência para o batalhão do litoral. 

Em outras mensagens, ele diz que estava sozinho porque a mulher viajou e que queria Jéssica. "Na hora, a gente se sente um lixo, mal", afirma a ex-soldado. Ela formalizou a denúncia da Corregedoria da PM em abril de 2021. Pouco depois, ela pediu exoneração do cargo, pois passou a ser perseguida. O Terra teve acesso a diversos prints de conversas entre a vítima e o coronel.

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