Moro diz que 'não desistiu de nada', e União Brasil ameaça desfiliação

 

Após dizer que desistiu de disputar à Presidência nas eleições 2022, Sergio Moro (União Brasil) anunciou que "não desistiu de nada" e que não será "candidato a Deputado Federal". As declarações foram deitas em coletiva realizada nesta sexta-feira, 1º, em São Paulo. 

"Peciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil, pelo contrário sigo firme na construção de um projeto para o país", afirmou o ex-juiz. 

Moro também defendeu "com urgência" a união de nomes que pretendem concorrer ao Palácio do Planalto, como Simone Tebet (MDB), do que ele chama de centro democrático em torno de um projeto para enfrentar Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nos últimos dias, o ex-juiz deixou o Podemos para se filiar ao União Brasil. O novo partido é resultado da fusão do DEM com o PSL. A filiação de Moro foi negociada com a ala oriunda do PSL, como o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, e o deputado Júnior Bozzella, que administra a sigla em São Paulo.

A ala do partido que veio do DEM, no entanto, só aceitou a filiação de Moro com a condição de que ele deixasse de ser presidenciável. A avaliação é que ter o ex-ministro como candidato ao Planalto atrapalharia a eleição para governadores, senadores e deputados.

União Brasil fala em desfiliação

Após a manifestação de Moro, o secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disseram que vão pedir a desfiliação dele do partido caso o ex-juiz não desista de ser candidato a presidente."Se ele for se filiar para ser candidato a presidente, vamos pedir a impugnação da filiação dele agora", afirmou Caiado ao Estadão. 

ACM Neto declarou que será apresentado ainda nesta sexta-feira, 1º, o pedido de desfiliação do ex-ministro. “Vamos apresentar, ainda hoje, um requerimento de impugnação da filiação dele. Será assinado pelos 8 membros com direito a voto no partido, o que corresponde a 49% do colegiado. A filiação, uma vez impugnada, requer 60% para ter validade”, disse.

Se a expulsão de Moro do União Brasil for confirmada, o ex-juiz precisará se filiar a uma nova legenda até amanhã, 2, se quiser ser candidato a qualquer cargo. Pelas regras eleitorais, para ser candidato o político precisa filiado a um partido pelo menos a seis meses do primeiro turno, que acontece no dia 2 de outubro. (*Com informações do Estadão.)

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