Emmanuel Macron vence Marine Le Pen e é reeleito na França, indicam projeções

 O presidente Emmanuel Macron foi reeleito na França neste domingo, 24, de acordo com projeções de boca de urna divulgadas pela imprensa francesa. Apesar da baixa participação, o centrista deve ter 58,2% dos votos, contra 41,8% de sua rival, Marine Le Pen, de extrema direita, segundo projeção do Instituto Ipsos, divulgada pelo diário Le Monde.

Se a previsão se confirmar, Macron terá conquistado mais votos do que o esperado -- pesquisas de opinião mais recentes davam ao centrista entre 53% e 55,5% dos votos. Os números da boca de urna indicam que, apesar da derrota, Le Pen conquistaria mais votos do que conquistou em 2017, quando teve 33,9%, contra o mesmo rival.

O segundo turno das eleições, realizado neste domingo, foi marcado por uma alta taxa de abstenção. Embora quase 49 milhões de franceses estivessem aptos a votar, 28% se absteve, um aumento de 2,5% em relação ao número registrado em 2017. 

A posse para o novo mandato deve acontecer até o dia 13 de maio.

No discurso de vitória, Emmanuel Macron diz que os eleitores “escolheram um projeto humanista e ambicioso para a independência do nosso país, para a nossa Europa” . Segundo ele, os franceses votaram a favor de "um projeto republicano nos seus valores, um projeto social e ecológico, um projeto baseado no trabalho e na criação, um projeto para libertar as forças acadêmicas, culturais e empresariais" .

O presidente reeleito ressaltar que irá dedicar-se "com força a esse projeto nos próximos anos" e também enfatizou o o compromisso em proporcionar oportunidades mais justa e equitativa entre mulheres e homens. "Ninguém será deixado de lado", disse Macron, que citou a Guerra na Ucrânia e pediu aos franceses que sejam "benevolentes e respeitosos."

Le Pen reconhece derrota 

A extremista de direita Marine Le Pen reconheceu a derrota. "Claro que gostaríamos que o resultado fosse diferente. Com mais de 43% dos votos, isso representa uma grande vitória. Milhões de nossos compatriotas escolheram o [partido] Reagrupamento Nacional", disse ela, que já faz projeções para a eleições legislativas que acontecerão em junho.

"Estamos mais determinados do que nunca. Não tenho ressentimento ou raiva. Não vamos esquecer que a França foi esquecida. As ideias que representamos alcançaram novos limites. Nesta derrota, não consigo deixar de sentir esperança", finalizou Le Pen. (*Com informações de agências internacionais e do Estadão Conteúdo)

 

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