Não há segurança para evacuar brasileiros, diz Itamaraty

 O Itamaraty informou nesta quinta-feira, 25, que está cadastrando brasileiros que estão na Ucrânia e desejam deixar o País, mas que, neste momento, não há condições de segurança para a evacuação. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse estar "totalmente empenhado" em ajudar os nacionais que estão no país do leste europeu e disponibilizou um contato para plantão consular.

Há cerca de 500 nacionais em território ucraniano. A orientação é para que eles fiquem em casa abrigados e sigam as recomendações das autoridades locais.

A orientação de deixar o país o quanto antes, ainda que por meios próprios, é para os brasileiros que estejam na região ao leste da Ucrânia, onde há maior tensão militar.

Para iniciar a saída, o governo brasileiro verifica três pré-requisitos: as condições de segurança no trajeto, a disponibilidade de meios e a possibilidade de os brasileiros chegarem a um ponto de encontro a ser definido.

De acordo com o embaixador Leonardo Gorgulho, secretário de comunicação e cultura do Ministério das Relações Exteriores, o plano de evacuação não tem prazo para ser colocado em prática. Dependerá das condições de segurança da Ucrânia.

As embaixadas brasileiras em Moscou, Minsk, Bucareste e Bratslav estão em regime de plantão para atender brasileiras que por ventura deixarem a Ucrânia.

A representação diplomática em Kiev disponibilizou em seus canais oficiais um formulário para cadastro dos brasileiros. A lista conta com cerca de 160 nomes. Todos serão acionados quando o plano de saída for colocado em prática. Entre os brasileiros na Ucrânia estão atletas, estudantes, profissionais de tecnologia, religiosos e algumas crianças.

Questionado sobre a posição brasileira diante do conflito da Rússia com a Ucrânia, Adriano Pucci, diretor do departamento de comunicação do ministério, afirmou que ela é de "equilíbrio" e de não incentivar a guerra.

"A posição do Brasil é de equilíbrio, de apego inafastável ao Direito internacional, às resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU", disse. "O Brasil não pretende contribuir para rufar os tambores de guerra. A posição do Brasil é de viabilizar a paz a qualquer momento, de acordo com a nossa Constituição e de acordo com a Carta das Nações Unidas."

 

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