Força-tarefa no Recife busca capturar mosquitos para análise dos casos de lesões de pele

A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) informou que a força-tarefa de pesquisa à frente dos casos de lesões de pele em Pernambuco deu inicio a novos métodos de investigação para analisar mosquitos e achar possíveis causas para o problema. Da segunda (29) para terça (30), mais dez casos foram registrados, totalizando 195 quadros de lesões cutâneas, em 41 bairros da cidade.

O grupo de pesquisa composto por especialistas e representantes das secretarias de saúde do município e do Estado deu início esta semana a novas ações: a realização de questionários nos bairros com grande número de casos e execução de exames clínicos e laboratoriais, além da criação de armadilhas que possuem o intuito de capturar mosquitos para análise.

Essas novas ações dão continuidade ao plano de estudo e pesquisa dos casos de lesões e podem ajudar os especialistas a chegarem a respostas mais definitivas sobre a doença, suas causas e tratamentos.

Isso não significa, contudo, que outras hipóteses sobre o surto foram descartadas. As pesquisas continuam sobre as possibilidades das lesões estarem ligadas ao desequilíbrio ambiental, a qualidade da água, ligação com ácaros, entre outros cenários.

A Secretaria de Saúde do Recife afirmou ainda que todos os profissionais de saúde foram orientados a notificar os casos da lesão para o monitoramento completo de todos os casos.


Primeiros casos
Os primeiros casos das lesões de pele foram registrados no início de novembro e a partir de então, seguem se espalhando pelo Estado. Seus principais sintomas são a coceira e a vermelhidão, mas dores de garganta, febre e diarreia também foram mencionados. Até agora, nenhum caso de agravamento foi registrado.

Em demais cidades do Estado, também não houve registro de casos graves e de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), os municípios registram até agora 100 casos fora de Recife, sendo eles: Jaboatão dos Guararapes (36), Olinda (23), Camaragibe (10), Paulista (10), Cabo de Santo Agostinho (8), Ipojuca (6), Igarassu (4), São Lourenço da Mata (2) e Araçoiaba (1).

Os bairros de Dois Irmãos e Guabiraba, no Recife, possuem o maior número de pessoas com as lesões e por serem regiões próximas à mata, novos métodos de monitoramento começaram a ser implementados.

Aqueles que apresentem os sintomas das lesões de pele devem procurar acompanhamento médico, disponível nas redes de saúde públicas e privadas do estado. O medico infectologista Demetrius Montenegro, envolvido no grupo de pesquisas da doença, relembra a importância desse acompanhamento: “É importantíssimo procurar imediatamente uma unidade de saúde, as medicações para aliviar essa coceira só devem ser prescritas pelo médico”.

Casos de lesão de pele em Pernambuco (até o dia 30/11)

 

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