Governo prevê dose de reforço em 2022 e exclui CoronaVac

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estimou nesta sexta-feira que o país contará com 354 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 em 2022, quando promoverá uma nova campanha de imunização da população, com a provável inclusão de crianças abaixo de 12 anos.

Segundo o ministro, a campanha de vacinação nacional priorizará imunizantes que já contam com registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), caso das vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca e pela Pfizer.

"O cenário é um cenário muito positivo e que me permite, como ministro da Saúde, assegurar que os brasileiros terão uma campanha muito eficiente em 2022, ano esse que, com a ajuda de todos nós, será o ano do fim da pandemia da covid-19", disse o ministro em entrevista coletiva.

"Já temos adquiridas para o ano de 2022 - adquiridas ou em tratativas avançadas - 354 milhões de doses de vacina contra a covid-19... Já fechamos com a Pfizer um contrato para mais 100 milhões de doses no ano de 2022, com a perspectiva de mais 50 milhões de doses, se for o caso, isso já está tratado com a Pfizer. E há também 120 milhões de doses da vacina AstraZeneca para o primeiro semestre, com a possibilidade de mais 60 milhões para o segundo semestre", afirmou.

O ministro afirmou que a CoronaVac, da chinesa Sinovac e primeira vacina usada no país contra a covid-19, não consta dos planos para 2022 porque conta apenas com autorização para uso emergencial atualmente, e não o registro definitivo, mas pode ser considerada caso obtenha a aprovação completa da Anvisa. O mesmo se aplica, segundo ele, ao imunizante da Janssen, ou qualquer outro que obtenha o registro definitivo.

Queiroga disse que a pasta conta ainda com um saldo de 134 milhões de doses adquiridas em 2021.

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De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, o esquema de vacinação em 2022 terá algumas alterações, levando-se em conta, principalmente, ordem decrescente das faixas etárias.

Além disso, o pasta trabalha com o cenário segundo o qual idosos e imunossuprimidos, mais vulneráveis à doença, terão direito a doses de reforço semestrais.

Já pessoas com idade entre 18 e 60 anos receberão uma dose de reforço em 2022.

E, caso a Anvisa aprove vacinas para crianças abaixo de 12 anos, serão disponibilizadas 2 doses para atender esse público.

Segundo essa estimativa, serão necessárias, no total, 340 milhões de doses para 2022, número que será contemplado pela perspectiva de 354 milhões de doses divulgada por Queiroga.

O secretário-executivo ressaltou que o esquema para 2022 está sujeito a alteração, a depender de mudanças no cenário.

Queiroga fez questão de destacar que o Brasil já não conta mais com vacinas do consórcio global de acesso a imunizantes Covax Facility para 2022, uma vez que o país tem doses suficientes asseguradas e tem havido dificuldades na entrega de vacinas por parte do consórcio.

 

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