Especialista do Centro
Diagnóstico Lucilo Ávila chama a atenção para a importância de cuidados
contínuos. Dia do cardiologista é comemorado neste sábado, 14 de agosto
Principal causa de morte no mundo, as doenças cardiovasculares representam
cerca de um terço dos óbitos registrados em nível global. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), mais de três quartos das mortes por doenças
cardiovasculares ocorrem em países de baixa e média renda. No Brasil, entre 1º
de janeiro de 2021 e esta sexta-feira (13/8), 247.890 pessoas morreram em
decorrência desse tipo de doença, de acordo com o cardiômetro – um indicador do
número de mortes por doenças cardiovasculares no país – criado pela Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC). Neste sábado (14/8), é comemorado o Dia do
Cardiologista. Em alusão à data, especialistas reforçam a necessidade de
atenção com as doenças do coração durante a pandemia da Covid-19.
As doenças cardiovasculares, afecções do coração e da
circulação também representam a principal causa de mortes no Brasil. São mais
de 1.100 mortes por dia, ou seja, cerca de 46 por hora e 1 morte a cada 1,5
minutos (90 segundos). As doenças cardiovasculares causam o dobro de mortes que
as motivadas por todos os tipos de câncer juntos; 2,3 vezes mais que as todas
as causas externas (acidentes e violência); três vezes mais que as doenças respiratórias
e 6,5 vezes mais que todas as infecções, incluindo a Aids.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, até 31 de dezembro de 2021,
quase 400 mil brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação. “Muitas
dessas mortes podem ser evitadas quando há prevenção e tratamento adequado dos
fatores de risco. A OMS estima, por exemplo, que 80% das mortes por doenças
cardiovasculares no mundo seriam evitadas apenas com mudanças no estilo de vida”,
ressalta o médico cardiologista Carlos Japhet, da equipe de medicina nuclear do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila.
A importância dos cuidados ficou ainda mais evidente durante a pandemia. De acordo com Japhet, foi observada uma queda na busca por serviços ambulatoriais principalmente nas fases mais graves da crise sanitária, aumentando as internações e mortes por doenças cardiovasculares. “Durante a pandemia, pacientes apresentaram quadros mais graves ou morreram muito mais porque não foram atendidos ou pararam de tomar remédio por não receberem orientação ou mesmo a receita médica. Tivemos um índice maior de procedimentos como a angioplastia em pacientes mais graves e com maior mortalidade, se compararmos com o mesmo período do ano anterior. É hora de retomar os cuidados, buscar atendimento ambulatorial e fazer o check-up”, destaca o especialista.
Saiba mais:
Doença coronariana – doença dos vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco
Carlos Japhet da Matta Albuquerque (*) sábado 14/08, é dia do cardiologista Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) |