A prisão preventiva do presidente do PTB, Roberto Jefferson, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, provocou reação imediata no meio político e nas redes sociais. Pela manhã, as hashtags #RobertoJefferson, #AlexandredeMoraes e #PolíciaFederal estiveram entre os assuntos mais comentados no Twitter.
A Polícia Federal cumpriu a ordem e ainda realizou buscas na casa do presidente do PTB para apreender armas, munições e aparelhos eletrônicos do político, que costumeiramente posa armado para fotos. A decisão de Moraes foi tomada no âmbito do chamado inquérito das milícias digitais, aberto em julho. O ex-deputado, pivô do escândalo do mensalão no governo do PT, em 2005, é investigado por suposta participação em organização criminosa "de forte atuação digital, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito".
Aliados do presidente do PTB e bolsonaristas foram os primeiros a se manifestar, classificando e decisão como "arbitrária" e ecoando uma publicação do próprio Jefferson, que revelou a tentativa de agentes da PF o localizarem na casa de sua ex-mulher.
"A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice", escreveu o ex-deputado, que mais tarde teve a conta retirada do ar, também por ordem de Moraes.
Antes disso, porém, ele ainda chamou o ministro do Supremo de "cachorro
do STF" e relacionou as ações da Corte às da Venezuela. "Xandão, maridão
de dOna Vivi, Cachorro do STF, decretou minha prisão por crime de
milícia digital. Ele está repetindo os mesmos atos do Supremo da
Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas.
Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade", escreveu.
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